Nome: Kátia Graciano.
Prof: Alexandre Freire.
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
2º período de Jornalismo.
Kátia Pereira começou na rádio como estagiária, noticiarista, foi produtora do Itatiaia Patrulha, já trabalhou no Jornal Super como repórter de polícia e cidade e hoje às vezes ainda sai nas ruas para cobrir alguma matéria como repórter da Rádio Itatiaia. É formada na UNI-BH em jornalismo, com pós-graduação em História e Cultura Política pela UFMG, e hoje também Kátia trabalha como assessora de imprensa do Deputado Estadual Ivair Nogueira, e é apresentadora do Jornal da Itatiaia de Belo Horizonte, atua também como free-lance da Editora Abril para a Revista Caras.
No dia 20 de junho de 2009, a Jornalista Kátia Pereira da rádio Itatiaia, foi entrevistada por mim estudante de Jornalismo Kátia Graciano, falou sobre assuntos referentes ao Jornalismo, a sociedade e sua trajetória na profissão. A entrevista foi realizada na própria rádio.
1) O que é jornalismo para você, Kátia Pereira?
O jornalismo é um exercício diário de cidadania acima de tudo, é um compromisso em perseguir os vários lados de um assunto e de ter um compromisso com a informação e com aquilo que interessa ao público e a coletividade.
2) Qual a importância do jornalismo para a sociedade brasileira?
A importância do jornalismo para a sociedade é de estar atento a perseguir a verdade, a mostrar para as pessoas e abrir os olhos das pessoas, e mantê-las informadas, no jornalismo existe o poder para ajudar as pessoas, num país democrático o jornalismo tem uma função fundamental pois ele fornece a informação, e ter a informação é uma espécie de poder quem tem informação pode muita coisa, pode exigir direitos e pode ajudar as pessoas, são estas uma das principais importâncias do jornalismo para a sociedade.
3) Como é para você ser um bom jornalista?
É ter responsabilidade com a profissão, ter compromisso, estar empenhado em correr atrás daquilo que interessa a coletividade, ao que interessa a sociedade, e ter compromisso acima de tudo com a cidadania. É ter ética e dar sempre voz a todos os lados envolvidos numa questão, procurar sempre ouvir várias fontes, e ter sempre um compromisso com a verdade.
4) Para você que trabalha no rádio quais as suas expectativas de trabalho e qual a importância para a sociedade desta mídia?
O rádio é muito importante para a sociedade do ponto de vista de que ele está em todos os lugares. Hoje o desafio do rádio é buscar se sofisticar, e uma integração com a internet porque as pessoas podem ter a oportunidade por exemplo, se não teve a condição de ouvir o jornal da Itatiaia às 6:30h, mas às 9:00h da manhã às pessoas querem saber o que foi manchete no jornal da Itatiaia, e o rádio poderia ocupar este papel na internet de reproduzir aquele áudio, e com a internet o rádio ganha porque a vocação do rádio é esta interatividade. O ouvinte liga, participa na hora ao vivo, o fato esta acontecendo naquele momento e o rádio já esta vinculando, e a internet veio para acrescentar e o rádio vai se adaptar e tem muito a ganhar.
5) Como você vê a decisão do Suplemo Tribunal Federal de acabar com a exigência do diploma para o exercício da profissão?
Sou a favor do diploma mas a questão é polêmica, não sabemos como irá ficar daqui pra frente mediante a decisão do Suplemo Tribunal Federal. Por tudo que já li em alguns países não se exige o diploma mas há regulamentações da profissão e a nossa categoria é muito desunida, nós não temos força. Talvez o diploma não seja tão necessário, mas precisaria então de uma regulamentação.
6) Hoje o jornalista é criticado por apurar mal os fatos, o gosto por escândalos, invasão de privacidade e o sensacionalismo. Essas práticas ferem o código de ética. O que você acha disso?
Não devemos fechar os olhos para este assunto, não devemos achar que isso não acontece, pois acontece. Porque somos forçados pela pressa, a necessidade de colocar as coisas no ar imediantamente, mas é necessário ter calma e um amadurecimento, é uma questão de responsabilidade, e de muita leitura. Como na história da Escola Base em São Paulo que os proprietários da escola foram acusados de abuso sexual, em seus alunos e a própria imprensa embarcou na pressa de expor a notícia onde foi ferida a imagem dos proprietários, é irreversível. Nós temos o poder para levantar, construir, e destruir ao mesmo tempo; é necessário ter muita consciência disso, de que o importante não é dar o furo, e nem chegar primeiro com a informação, no rádio isto é óbvio, mas não tem essa de chegar primeiro não, tem que ter é um compromisso de checar bem as histórias e versões para levar ao ar uma informação consistente.
7) Você acha que o jornalista brasileiro, trabalha segundo o código de ética?
Assim como há jornalistas que não trabalham com ética, há aqueles que trabalham com ética, e isto é em qualquer profissão, existem jornalistas que são comprometidos com a ética, em se ter o comprometimento com a verdade, a integridade e os conceitos éticos para um benefício de todos, como existem aqueles que não são e não possuem o compromisso com a verdade e a profissão.
8) Hoje o jornal impresso parece estar em crise. O que você acha: que ele tende a desaparecer? Quais suas perspectivas em relação ao jornal impresso, e o que você acha da importância deste meio de comunicação para a sociedade?
Não acho que os meios de comunicação vão desaparecer, vimos isto com o rádio, e ele ainda persiste. Veio a ameaça de novo com o advento da internet, o impresso talvez ele tenha que se adaptar assim como o rádio, mas não acho que ele esteja condenado a desaparecer não, talvez ele tenha que se adequar. Pois existe o público internauta, mas existe o público aquele tradicional, que é leitor de jornal que estende todo o dia a mesa do café ou então no escritório e manipula-o. O jornal impresso deve ficar atento as tendências, mesmo porquê é mercado de trabalho pra gente. O impresso também deve acompanhar a necessidade do mercado e do leitor.
9) Como você enxerga o poder de manipulação da mídia nas campanhas eleitorais?
Não trabalho muito com estas expressões manipulações da mídia, temos que reconhecer que as empresas possuem linha editorial. Tem empresas que se declaram partidárias de alguma corrente política, mas eu não trabalho muito com esta questão de manipulação, eu não quero muito acreditar nisso, pois pra mim é uma coisa que já vem de críticas para o jornalismo, ao jornalista, e a imprensa em geral, de que a mídia manipula as pessoas. Mas se a mídia manipula as pessoas estas também se deixam ser manipuladas, e é claro que pode haver sim algo tendencioso, como todo estudante de jornalismo estuda no início de sua formação, sobre a imparcialidade no jornalismo, mas é uma coisa que nós temos que perseguir a imparcialidade é um mito, e temos que acordar todos os dias e pensar assim, é como os alcoólicos anônimos por hoje vou procurar ser imparcial e fazer por onde.
10) Existem critérios de noticiabilidade, poderia explicar alguns?
A principal característica do jornalista deve ser a desconfiança, deve-se sempre procurar saber toda a verdade, se tem uma informação de um acidente num determinado lugar deve-se apurar aos fatos, toda a emissora de rádio e redação tem seus apuradores. O telefone é um instrumento importante de apuração, e a apuração e reportagem é o princípio do jornalismo. Existem os critérios de noticiabilidade, o que é de interesse da coletividade, o que é urgente, o que pode esperar, e o que carece de uma nota de pé por exemplo, pois não basta colocar uma reclamação, deve-se colocar a reclamação, mas primeiramente apurá-la se de fato procede e então já cobrar providências das autoridades.
Por: Kátia Graciano.
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| -Eu Kátia Graciano(estudante de Jornalismo) e Kátia Pereira Jornalista e apresentadora do Jornal da Itatiaia de Belo Horionte- |
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| Em estúdio gravando a entrevista |
